segunda-feira, 25 de junho de 2012

Vitamina E para que serve?

Vitamina E

Sinónimos

O termo vitamina E cobre oito compostos encontrados na natureza. Quatro deles são chamados tocoferóis e quatro são tocotrienóis, sendo identificados pelos prefixos a-, b-, g- e d. O alfa-tocoferol é o mais comum e o mais activo biologicamente destas formas de ocorrência natural de vitamina E.
O nome tocoferol deriva da palavra grega tocos, que significa nascimento, e pherein, que significa transportar. O nome foi dado para ressaltar o seu papel essencial na reprodução das várias espécies animais. O –ol final identifica a substância como sendo um álcool.

Principais fontes na natureza

O óleos vegetais (amendoim, soja, palma, milho, cártamo, girassol, etc.) e o gérmen de trigo são as fontes mais importante de vitamina E. Fontes secundárias são as nozes, a sementes, grãos inteiros, e os vegetais de folhas verdes. Alguns alimentos básicos, como o leite e os ovos, contêm pequenas quantidades de a-tocoferol.
Para além disso, as margarinas e outros alimentos são fortificados com vitamina E.

Estabilidade

A luz, o oxigénio e o calor, factores prejudiciais ocorrentes em longos períodos de armazenagem e processamento de alimentos, diminuem o conteúdo de vitamina E dos alimentos. Em alguns alimentos tal pode decrescer em até 50% apenas após 2 semanas de armazenamento à temperatura ambiente. A fritura destrói, em grande parte a vitamina E nos óleos de fritar.

Principais antagonistas

Quando ingeridos ao mesmo tempo, o ferro reduz a disponibilidade de vitamina E no organismo, sendo isto especialmente crítico no caso de recém-nascidos anémicos.
As necessidades de vitamina E estão relacionadas com a quantidade de ácidos gordos polinsaturados consumidos na dieta. Quanto mais elevada a quantidade de ácidos gordos polinsaturados, maior a quantidade de vitamina E necessária.

Principais sinergistas

A presença de outros anti-oxidantes, tais como a vitamina C e o beta-caroteno, apoiam a acção anti-oxidante e protectora da vitamina E, sendo o mesmo verdade relativamente ao mineral selénio.

Funções

O papel principal da vitamina E é a protecção dos tecidos do corpo de reações que os danifiquem (perioxidação) as quais surgem a partir de muitos processos metabólicos normais e agentes tóxicos exógenos. Especificamente, a vitamina E:
  • protege as membranas biológicas, tais como as encontradas nos nervos, músculos e sistema cardiovascular.
  • ajuda a prolongar a vida dos eritrócitos (glóbulos vermelhos) e
  • ajuda o organismo a utilizar a vitamina A de forma óptima
A vitamina E tem sido utilizada com sucesso na terapia de:
  • doenças neuromusculares progressivas nas crianças com disfunções hepáticas ou biliares e em várias de doenças que afectam os bebés prematuros, tais como:
  • anemia hemolítica
  • hemorragia intraventricular e
  • fibroplasia retrolenticular, a qual pode provocar a cegueira.
Existem evidências que indicam que a vitamina E pode ter um papel importante em:
  • na caludicação intermitente
  • doenças trombóticas
  • função imunitária
  • prevenção do cancro
  • prevenção de doenças cardiovasculares
  • protecção das lipoproteínas contra a oxidação
Em estudos em animais, a vitamina E mostrou também ajudar a proteger contra os danos provocados pela poluição ambiental e fumo de cigarros.

Deficiência marginal

Dado que a depleção das reservas tecidulares de vitamina E leva bastante tempo, não há registo de sintomas de deficiência clínica em adultos saudáveis. No entanto, estudos laboratoriais revelaram mudanças bioquímicas, incluindo um tempo de sobrevivência curto dos glóbulos vermelhos, perdas musculares e produção acrescida do pigmento ceroso (pigmento do envelhecimento) em certos tecidos.
Baixos níveis plasmáticos de vitamina E têm sido associados com diversos tipos de doenças sanguíneas genéticas, incluindo a anemia falciforme, talassemia e deficiência G6PD (uma enzima envolvida no desdobramento dos açúcares).

Deficiência franca

Uma deficiência de vitamina E na dieta alimentar é rara. Os sintomas de deficiência são revelados em pacientes com má absorção de gorduras e em recém-nascidos, particularmente em prematuros.
Investigações recentes mostraram que a deficiência em vitamina E, causada por uma variedade de síndromas de má absorção de gorduras, resulta num tipo raro de doença neuromuscular progressiva em crianças e adultos. Os sintomas incluem uma perda de coordenação e equilíbrio e, em casos graves, a perda da capacidade de andar.
Em bebés prematuros, a deficiência em vitamina E está associada com a anemia hemolítica, hemorragia intraventricular e fibroplasia retrolenticular.

Dose Diária Recomendada (DDR)

A ingestão diária recomendada de vitamina E, varia de acordo com a idade e o sexo e com os critérios aplicados em diferentes países. Nos EUA, a DDR para adultos do sexo masculino é actualmente de 20 mg TE (15 IU), de acordo com o Conselho Nacional de Investigação (1989), mas esta recomendação varia desde os 7,5 IU no Brasil, aos 18 IU na Alemanha Ocidental, por exemplo. As recomendações para as grávidas são tão elevadas como 30 IU em certos países.

Suplementos

A vitamina E está disponível em cápsulas de gelatina mole, comprimidos mastigáveis ou efervescentes ou em ampolas e encontra-se em muitos suplementos multivitamínicos.

Utilização terapêutica e profilática

Existem evidências que a vitamina E é eficaz no tratamento da caludicação intermitente e nos sintomas causados pelos síndromas de má absorção das gorduras.
Os investigadores estão a investigar o papel profiláctico da vitamina E na prevenção de doenças cardiovasculares, na protecção contra agentes de poluição exógenos, bem como no fortalecimento da imunidade dos idosos, e na diminuição do risco de cancro e de cataratas.

Segurança

Ensaios clínicos, que utilizaram até 200 vezes a dose de ingestão recomendada pelos EUA para adultos, não mostraram provas consistentes de efeitos adversos da vitamina E. Quando presentes ocasionalmente, os efeitos colaterais desaparecem quando é descontinuada a dose elevada do suplemento. A ingestão elevada de vitamina E pode aumentar o risco de perdas de sangue em pacientes tratados com terapia anticoagulante. Os pacientes tratados com terapia anticoagulante ou naqueles pacientes em espera para cirurgias devem evitar níveis elevados de vitamina E.

Utilização na dermatologia e cosmética

A vitamina E tem sido utilizada topicamente como um agente anti-inflamatório, para realçar a hidratação da pele e para prevenir os danos celulares causados pela luz UV.

Utilização na tecnologia farmacêutica

O tocoferol é utilizado nos produtos farmacêuticos para estabilizar, por exemplo, os componentes aromáticos e os componentes de vitamina A ou provitamina A.

História

A importância da vitamina E nos seres humanos só foi aceite recentemente. Dado que a sua deficiência não se manifesta numa doença de deficiência vitamínica generalizada e bem reconhecida, tal como o escorbuto ou o raquitismo, a ciência apenas começou a reconhecer a importância da vitamina E relativamente tarde.

Deficiência de Vitamina A Causa...

A vitamina A é um elemento indispensável para garantir não só a acuidade visual, mas o crescimento adequado e a diferenciação dos tecidos. A carência dessa vitamina pode provocar a xeroftalmia, também chamada de olho seco ou ceratoconjuntivite seca, uma enfermidade que se caracteriza não só por alterações na produção de lágrimas ou na sua composição, como também produz secura da pele, da córnea, das conjuntivas e o aparecimento de pequenas manchas brancas na esclerótica (manchas de Bitot). Nos casos mais graves de xeroftalmia, podem ocorrer ulceração e necrose da córnea.
Entre as causas da avitaminose estão as carências alimentares, a síndrome de má absorção, o uso abusivo de álcool e de laxantes com óleo mineral, uma vez que a vitamina A se dissolve na presença de gorduras.
Sintomas
O primeiro sintoma da deficiência de vitamina A é a cegueira noturna, isto é, a dificuldade de enxergar bem na penumbra. Outros sintomas são alterações na pele, dificuldade de cicatrização e perda do paladar. O agravamento do quadro pode reverter em prejuízo parcial ou total da visão.
Diagnóstico
A deficiência de vitamina A acomete mais as crianças e os idosos, especialmente,
nas regiões mais pobres. O diagnóstico baseia-se nas manifestações clínicas da
avitaminose, especialmente o comprometimento da visão na penumbra.
Tratamento
Os sinais iniciais da deficiência de vitamina A podem se tratados com doses diárias dessa vitamina durante uma semana. A presença de danos na córnea demanda que as doses sejam corrigidas de acordo com o peso corpóreo do paciente. No entanto, a quantidade de medicamentos deve ser criteriosamente calculada porque, em excesso, eles podem ser tóxicos.
Importante:
Doses de vitamina A são distribuídas em regiões carentes para prevenir a
xeroftalmia e tratar os portadores dos estágios iniciais da doença.
Recomendações
* Lembre-se de que alimentação saudável e equilibrada é essencial para a saúde e equilíbrio do organismo. Portanto, inclua na sua dieta alimentos ricos em vitamina A. Para ficar mais fácil saber quais são, é só pensar que muitos deles são alaranjados ou vermelhos (cenoura, abóbora, pimentão vermelho e amarelo, pêssegos, mamão, manga, etc.) ou verde escuro ( brócolis, espinafre, escarola, salsa, etc.). Leite, laticínios e gema de ovo também são fontes importantes dessa vitamina.
* Proteja seus olhos, sempre que possível, contra a agressão de agentes externos, como poeira, vento, ar condicionado, poluição. Colocar, nos dias muito secos, uma vasilha com água nos ambientes em que permanecer por mais tempo, para ajudar a umidificá-los também é uma forma de preservá-los saudáveis.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Alimentos Ricos em Ferro

Quando se fala em ferro, a associação mais comum é pensar em carne vermelha e em fígado mas a verdade é que existem muitos produtos de origem vegetal ricos em ferro. Já o ovo e o leite são erradamente considerados fontes importantes de ferro, apesar de existirem actualmente leites enriquecidos com este metal.
   Assim, o ferro está presente nos alimentos em duas formas, o ferro heme e o ferro não-heme. A principal diferença entre estes dois tipos de ferro, está na forma como cada um deles é absorvido. O ferro heme existe principalmente nos produtos de origem animal, e é absorvido em cerca de 15 a 35%, enquanto o ferro não-heme, presente nos alimentos de origem vegetal,  é absorvido de forma diferente, numa proporção de cerca de 2 a 20%. A maior ou menor absorção do ferro não-heme depende, em parte, da presença de outros alimentos na mesma refeição. Os componentes da refeição podem ter um efeito, tanto no aumento quanto na diminuição da absorção do ferro não-heme.
Alimentos ricos em ferro:
  De origem animal:
·         Carnes vermelhas, principalmente fígado de qualquer animal e outras vísceras (miúdos), como rim e coração
·         Carnes de aves e peixe
·         Mariscos crus
  De origem vegetal:
·          Vegetais verde-escuros: agrião, couve, salsa
·         Leguminosas: feijão, fava, grão-de-bico, ervilha, lentilha
·         Grãos integrais ou enriquecidos
·         Nozes, amêndoas, castanha de caju

  Factores que influenciam a absorção de ferro na dieta:
·     Estado de saúde do indivíduo – indivíduos com cirrose hepática não tem capacidade de controlar a captação de ferro.