terça-feira, 29 de maio de 2012

Calcio na Alimentação



O cálcio é um mineral indispensável para o bom funcionamento do organismo, porém ele não é produzido pelo mesmo e só pode ser adquirido através da ingestão de alimentos que o contém.

Apesar de proporcionar muitos benefícios ao ser humano, o uso exagerado do cálcio pode não fazer bem à saúde. "Qualquer mineral em excesso pode ser prejudicial. Cálculos renais, por exemplo, podem ser ocasionados pelo excesso de cálcio".
O cálcio deve ser consumido diariamente e desde o nascimento. O consumo correto do mineral contribui na prevenção da osteoporose, doença caracterizada pela diminuição da massa óssea.

Cerca de 99% do cálcio encontra-se presente nos dentes e ossos e 1% está no sangue.

As principais fontes de cálcio estão presentes no leite e seus derivados (queijo, manteiga, iogurte, etc) e nos vegetais de folhagem verde-escura.

Para quem não sabe, o mineral também pode ser encontrado no leite de soja, só que em menor proporção. "A quantidade de cálcio no leite de vaca e derivados é superior a do leite de soja, assim como a biodisponibilidade (capacidade de absorção do mineral)". Os leites de outros animais são equivalentes ao leite de vaca. Fatores que podem alterar a absorção do nutriente: a Vitamina D, a acidez estomacal e a ingestão de frutas cítricas", completou.

Por ser um elemento químico fundamental que ajuda a equilibrar o organismo, é preciso ingerir uma dosagem diária recomendada e isso dependerá da faixa etária e do desenvolvimento do indivíduo. Na dúvida, o ideal é procurar um especialista.

Confira a seguir a dose de cálcio necessária para cada fase da vida:

Tabela cálcio

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Alimentação Infantil


                Ao nascer, o principal alimento de que a criança necessita é o leite materno, não sendo necessário nenhum outro tipo de alimento (como chás, sucos, água, ou outro tipo de leite), nos seis primeiros meses de vida. O leite materno é um alimento muito importante para a criança, pois aumenta o laço afetivo entre mãe e bebê, auxilia na formação do sistema nervoso da criança, além de trazer inúmeros outros benefícios.
               A partir dos seis meses de idade, a amamentação já pode ser complementada com outros alimentos, que vão sendo inseridos na dieta da criança gradativamente. É nesse período que a mãe deve começar a estimular seu filho a manter uma alimentação balanceada, consumindo alimentos saudáveis como frutas, verduras e legumes e evitando alimentos como enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas. 
               Quando começam a frequentar a escola, as crianças descobrem outros alimentos e isso pode causar algumas mudanças nos seus padrões alimentares, por isso é muito importante que pais e educadores façam um trabalho de educação nutricional com essas crianças. Hábitos alimentares errôneos nessa faixa etária podem conduzir a problemas nutricionais em curto prazo, tais como comprometimento do crescimento e do desenvolvimento na infância, bem como facilitar o aparecimento de doenças não transmissíveis na fase adulta, como, por exemplo: hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus tipo II, câncer, entre outras.               Para muitos especialistas, a rotina corrida dos pais é um dos principais motivos da má alimentação e consequente sobrepeso dos filhos, pois nessa correria cotidiana os pais oferecem alimentos industrializados mais fáceis de serem feitos e acabam transformando isso em um hábito. Para muitos pais, o mais importante é saciar a fome dos filhos, sem se preocuparem se a alimentação deles está ou não comprometendo o futuro de sua saúde. É extremamente importante que os pais deem o exemplo, e também mantenham hábitos saudáveis, já que são eles que determinam o que se consome dentro e fora de casa.
               Com o objetivo de prevenir doenças crônicas (como hipertensão e diabetes) e orientar a comunidade escolar a promover a saúde dos alunos, o Ministério da Saúde está intensificando ações de promoção à saúde, prevenção e controle da obesidade com alunos de 5 a 19 anos, que estudam em escolas públicas do país. Em função de a escola ser um ambiente fundamental para a formação de hábitos alimentares saudáveis, pais, educadores e outros integrantes da comunidade escolar serão informados quanto à inclusão da educação alimentar na grade curricular e orientados para que ofereçam uma alimentação mais saudável aos seus filhos, principalmente no que se refere ao lanche escolar. As cantinas das escolas também serão alvo da ação do Ministério da Saúde, pois, como afirma Patrícia Jaime, coordenadora geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, “há comércio de alimentos ricos em açúcar, sódio e gorduras, como refrigerantes, refrescos, salgados e salgadinhos; e há pouca oferta de alternativas saudáveis, como frutas e sucos naturais”.
               Com essa ação, o Ministério da Saúde pretende conscientizar todos os membros da comunidade escolar para os perigos da obesidade infantil, visando a redução dos altos índices de crianças e jovens que se encontram acima do peso, prevenindo, assim, as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), como câncer, diabetes, doenças do aparelho circulatório e respiratórias crônicas.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Nutrição, massa magra e massa gorda

As pessoas praticam exercícios e atividade física por diversos motivos. Estética e desempenho são os principais deles. Os nutricionistas e educadores físicos frisam e trabalham a questão da importância do ganho de massa magra e perda de massa gorda tanto para a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis (doenças metabólicas, hipertensão, doenças cardiovasculares, doenças osteoarticulares e outras). Entretanto, as pessoas precisam entender como o controle metabólico leva ao aumento da massa magra e à redução da massa gorda. Esse é o objetivo do presente artigo, esclarecer o tema de forma clara e simples.
Primeiramente, vamos discutir um pouco sobre a composição corporal. As técnicas usadas para medir a composição corporal nas academias e clínicas levam, geralmente, em consideração a teoria de que o corpo humano é composto por dois compartimentos básicos: um de gordura e outro livre de gordura. O compartimento da gordura corresponde à massa gorda propriamente dita. O compartimento ausente de gordura (todo o resto) é a massa magra e inclui a massa muscular, a massa óssea, o sangue, a pele, os órgãos, enfim tudo o que sobrou. Quando falamos em ganho de massa magra por meio do exercício nos referimos, principalmente, ao aumento da massa muscular, da massa óssea e do volume sanguíneo – assim, massa magra não é sinônimo de massa muscular.
Para que o incremento da massa magra aconteça são primordiais dois fatores: o exercício e a dieta adequada. Por dieta adequada entendamos tanto nutrientes quanto energia, pois a dieta restrita em calorias nem sempre proporciona ganho de massa magra e nem perda de massa gorda pelo fato de ser limitante e comprometer o desempenho do exercício. Na prática as pessoas treinam e não obtém resultados, aumentam o volume de treino e continuam estagnados. É nesse momento que a nutrição assume o papel de “correção” e faz o metabolismo energético se equilibrar.
Como metabolismo energético, podemos entender as reações químicas dependentes de uma série de nutrientes e que ocorrem no interior das células, inclusive nas fibras musculares. A própria contração muscular depende do aporte adequado de cálcio e magnésio para ocorrer de forma perfeita. A quebra (lipólise) e queima (oxidação) de gorduras – que leva à redução da massa gorda – dependem do aporte de vários nutrientes na mitocôndria, que é a organela celular responsável pela oxidação lipídica. Podemos citar vitaminas como niacina, riboflavina, piridoxina; minerais como ferro, cálcio e fósforo, por exemplo. Contudo, em termos metabólicos todas as reações se interligam em algum ponto do mapa metabólico e a deficiência de um nutriente pode afetar reações químicas em outras vias metabólicas.
Via de regra, para a síntese e manutenção da massa magra, a necessidade energética do indivíduo deve ser respeitada, bem como as recomendações nutricionais dos vários nutrientes existentes. O déficit energético pode ativar a queima de proteínas em detrimento das gorduras na mitocôndria na ausência do aporte energético adequado. Um erro bastante comum é as pessoas acreditarem que os alimentos ricos em carboidratos devem ser extremamente restritos na dieta para que a perda de massa gorda ocorra – mas elas desconhecem e desacreditam que uma das principais funções dos carboidratos é fornecer energia imediata para a contração muscular (de forma muito mais eficiente em comparação com os lipídeos), o que promove ganho de massa magra e, em médio e longo prazo, a perda de massa gorda. Outro erro é acreditarem que para sintetizar músculo há necessidade de grande ingestão de proteínas – na verdade, o excesso de proteína é oxidada na mitocôndria, não direcionada para a síntese muscular.

A norma ouro da Ciência da nutrição é o equilíbrio, ou seja, nem mais e nem menos em termos de ingestão de nutrientes e calorias – por isso a suplementação sempre exige cautela dos profissionais nutricionistas. Assim, faz-se importante a atuação conjunta do nutricionista e educador físico para o estabelecimento de resultados potencializados. E também, as pessoas precisam ter em mente que a dieta faz parte de um estilo de vida, que quando alterado implica em necessidade de avaliação da alimentação – o nutricionista é o profissional capaz de traçar metas condizentes com objetivos seguros e saudáveis ao estilo de vida de cada indivíduo.